A imprensa internacional repercutiu a crise diplomática entre Brasil e Israel, iniciada após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparar a ação militar israelense na Faixa de Gaza ao Holocausto.
Segundo o jornal The New York Times, o brasileiro "atraiu a ira das autoridades israelenses no domingo" com a declaração feita em Addis Abeba. "A declaração de Lula indignou as autoridades israelenses. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, disse em comunicado nas redes sociais em hebraico que os comentários eram 'vergonhosos e flagrantes' ", destacou a publicação americana.
"Israel declara Lula 'persona non grata' por comparar os ataques em Gaza com o Holocausto", publicou o jornal espanhol El País, que se referiu à declaração do brasileiro como uma "bomba diplomática". Já o americano The Washington Post publicou: "Israel diz que o presidente do Brasil não é bem-vindo até que ele peça desculpas por comparar a guerra de Gaza ao Holocausto".
" 'Vergonhoso' presidente brasileiro está banalizando o Holocausto, diz Israel" foi o título escolhido pelo jornal britânico The Telegraph em sua reportagem sobre o caso. A matéria se refere ao presidente Lula como uma "voz proeminente do Sul Global" e destaca a resposta do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que classificou as declarações do brasileiro como "vergonhosas e graves".
Já a emissora Al Jazeera, do Catar, relembrou que Lula se referiu aos ataques do Hamas em 7 de outubro como terroristas. "Mas desde então ele tem-se tornado cada vez mais crítico da campanha militar de retaliação de Israel em Gaza", diz a notícia sobre a crise diplomática publicada no site da emissora.
O jornal israelense Times of Israel se referiu a visita do embaixador brasileiro Frederico Meyer ao Museu do Holocausto, acompanhado do ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, como "um tanto incomum para uma reprimenda diplomática". De acordo com a publicação, em frente das câmeras, Katz disse que Lula não é bem vindo no país.
"Netanyahu critica Lula do Brasil por comparar as ações de Israel em Gaza ao 'genocídio de Hitler' ", publicou o jornal israelense Haaretz. Segundo o texto, Lula é "um dos primeiros líderes ocidentais a fazer uma comparação tão direta em meio a alegações de genocídio".
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